Esta é uma tradução do texto originalmente postado pelo Beijing News, em 9 de julho de 2024.
Esta é uma tradução do texto originalmente postado pelo Beijing News, em 9 de julho de 2024.
A expressão "big bro" é uma gíria em inglês que significa "irmão mais velho". Usada de forma carinhosa e informal, "big bro" combina "big" (grande) com "bro" (abreviação de "brother", que significa irmão). É comum entre jovens e amigos, e expressa uma relação de camaradagem ou afeto.
A expressão "抛橄榄枝" (pāo gǎnlǎnzhī) traduz-se literalmente como "lançar um ramo de oliveira". Ela é utilizada para descrever a ação de fazer uma oferta de paz ou reconciliação, originada na antiga tradição de que um ramo de oliveira simboliza paz e boa vontade. A expressão remete ao mito grego de que as oliveiras são um símbolo de paz e prosperidade, e seu uso se popularizou em contextos políticos e sociais. Assim, "estender um ramo de oliveira" implica um gesto de boa vontade, sugerindo uma tentativa de resolver conflitos ou melhorar relações.
Meu talento inato certamente terá um propósito" 天生我材必有用" (tiānshēng wǒ cái bì yǒu yòng) vem do poema "将进酒" (Jiāng Jìn Jiǔ), que se traduz como "Vamos Beber". Este poema é de Li Bai, um dos poetas mais renomados da dinastia Tang (618-907 d.C.), conhecido por sua poesia exuberante e profunda.
O hot pot (火锅, huǒguō), “panela quente” ou “fondue chinês”, é uma refeição tradicional muito popular na China e em outros países da Ásia. Funciona assim: uma panela com caldo quente é colocada no centro da mesa, e cada pessoa vai cozinhando seus ingredientes preferidos na hora. O caldo pode ser suave ou picante, e os ingredientes variam bastante — carnes fatiadas, frutos do mar, vegetais, cogumelos, tofu e macarrão são os mais comuns. À medida que os alimentos cozinham no caldo, cada um retira os ingredientes e pode mergulhá-los em molhos personalizados, feitos de ingredientes como alho, pimenta, óleo de gergelim e molho de soja. O hot pot é muito mais do que apenas comida; é uma refeição social, onde amigos e familiares cozinham e comem juntos em um ambiente descontraído e interativo.
A ginástica de rádio (广播体操, guǎngbō tǐcāo) foi introduzida na China em 1951 como uma forma de melhorar a saúde pública e promover disciplina, especialmente em escolas e fábricas. Ao longo das décadas de 1960 e 1970, durante a Revolução Cultural, a prática atingiu seu auge. Nos anos 1980, começou a perder força devido à modernização e à diversificação de atividades físicas, especialmente nas áreas urbanas. Em 2007, o governo reintroduziu a ginástica de rádio como parte de uma campanha contra o sedentarismo, e ela continua presente, embora com menor popularidade, especialmente entre estudantes e funcionários.
O violão, como o conhecemos hoje, começou a se espalhar para o Oriente no final do século XIX e início do século XX, principalmente por meio da expansão do comércio, missões cristãs e a crescente influência ocidental em países asiáticos. No entanto, instrumentos de corda semelhantes ao violão, como o pipa na China e o biwa no Japão, já existiam na Ásia muito antes disso, trazendo uma familiaridade com instrumentos de cordas dedilhadas.
A introdução do violão ocidental moderno foi impulsionada especialmente pela popularidade crescente da música ocidental nas grandes cidades da China, Japão e outros países asiáticos durante o período de modernização no final do século XIX. Missionários cristãos e comerciantes europeus e americanos frequentemente levavam o instrumento consigo, e escolas e universidades ocidentais começaram a ensinar o violão nas décadas seguintes.
No Japão, o violão ganhou mais popularidade na primeira metade do século XX, especialmente com o surgimento de músicos que estudavam na Europa e retornavam ao Japão. Na China, o violão também começou a se tornar mais popular no século XX, especialmente após a Revolução Cultural, quando as restrições à música ocidental diminuíram.
Portanto, o violão como o conhecemos chegou ao Oriente por volta do final do século XIX, mas sua disseminação e popularização ocorreram principalmente ao longo do século XX.
“How are you?” é uma expressão em inglês que significa "Como você está?", usada para perguntar sobre o bem-estar de alguém de forma casual; e “I'm fine, and you?” é uma expressão em inglês que significa "Estou bem, e você?", usada comumente em diálogos cotidianos como uma resposta educada à pergunta sobre o bem-estar.
No contexto deste romance palaciano, a utilização do inglês por Yu Wanyin e Xiahou Dan é uma indicação de que ambos são transmigrantes, ou seja, vieram de outra época no futuro. Durante o período histórico em que a trama se passa, o inglês ainda não era uma língua conhecida na China, reforçando a sensação de estranheza. A troca de frases em inglês interrompe a lógica temporal do palácio e evidencia que os dois personagens compartilham uma origem moderna.
A expressão 小巫见大巫 (xiǎo wū jiàn dà wū) é um provérbio chinês que pode ser traduzido como "um mago iniciante reconhece um mago experiente". A ideia central dessa expressão é que alguém com menos experiência ou conhecimento (o “mago iniciante”) consegue perceber a superioridade ou as habilidades de alguém mais experiente (o “mago experiente”).
Essa expressão é frequentemente usada em contextos onde a experiência e o conhecimento são valorizados. Ela sugere que, mesmo que a pessoa não seja uma especialista, ela pode reconhecer a competência e a maestria de alguém que realmente domina o assunto.
Em termos mais amplos, a expressão pode ser aplicada em várias situações, como em ambientes de trabalho, estudos ou artes, onde o reconhecimento das habilidades superiores dos outros pode ser um indicativo da própria compreensão e crescimento da pessoa.
Yán gǒu 颜狗 é uma gíria chinesa moderna que descreve uma pessoa obcecada por beleza, particularmente atraída por rostos bonitos. Literalmente, "yán" significa "aparência" e "gǒu" significa "cachorro", mas aqui o termo "gǒu" é usado de forma autodepreciativa ou brincalhona, como se a pessoa fosse "um cachorro atrás de beleza", indicando uma adoração ou preferência superficial por pessoas fisicamente atraentes.
颜狗 pode ser traduzido literalmente como "cachorro da aparência" ou "cachorro da beleza". No entanto, o termo 狗 (gǒu) aqui é usado de maneira coloquial para descrever uma pessoa de forma autodepreciativa ou brincalhona, como alguém que "segue" ou "é louco por" beleza, semelhante à ideia de um cachorro fiel ou desesperado por algo.
Na cultura popular, alguém pode dizer que é um yán gǒu para admitir, de forma leve, que é mais atraído por aparência do que por outros atributos como personalidade.
"她只对帅哥感兴趣,真的是个颜狗。"
(Tā zhǐ duì shuài gē gǎn xìngqù, zhēn de shì gè yán gǒu.)
“Ela só se interessa por caras bonitos, é uma verdadeira cadelinha da beleza.”
O termo 狐狸精 (húli jīng) se refere a uma criatura mitológica da cultura chinesa, frequentemente associada a uma raposa espiritual. Na mitologia chinesa, essas raposas têm a capacidade de se transformar em belas mulheres humanas e, em muitas histórias, usam essa habilidade para enganar e seduzir os homens. Embora "húli jīng" possa ser interpretada como uma raposa mágica, o termo tem conotações mais profundas, muitas vezes ligadas a elementos de manipulação, engano e destruição.
Em narrativas tradicionais, essas raposas espirituais podem ser benevolentes ou malignas, dependendo da história. Quando malignas, são frequentemente vistas como seres que sugam a energia vital dos homens ou causam desgraças, associadas à ideia de feitiçaria e sedução. No entanto, existem também histórias em que uma húli jīng pode ser um espírito protetor ou uma criatura leal que se apaixona genuinamente por um humano.
Hoje, o termo "húli jīng" é usado de maneira pejorativa para descrever uma mulher que é vista como uma sedutora manipuladora, alguém que usa sua aparência e charme para tirar proveito dos outros.
A expressão “那个谁” (nàgè shéi) é uma construção da língua moderna que começou a se popularizar a partir da década de 1990. Ela reflete um estilo de comunicação mais casual e coloquial, frequentemente usada em conversas informais. Ao utilizá-la, Yu Wanyin foge do tom palaciano. A frase escolhida na tradução, “Como é que era mesmo o seu nome...?, apresenta vícios de linguagem, como a repetição desnecessária de “como é que” e “mesmo”, conferindo um tom coloquial e informal.
A expressão chinesa 跳梁小丑 (tiàoliáng xiǎochǒu) é uma metáfora usada para descrever pessoas desprezíveis, traiçoeiras ou mal-intencionadas, que causam confusão ou tumulto. 跳梁 significa "pular" ou "saltar por aí", e 小丑 significa "palhaço" ou "bufão", de forma figurada. Então, a expressão pode ser interpretada como "palhaço saltitante" ou "bufão agitado", que, no contexto, se refere a alguém de pouco valor, que tenta se destacar ou causar problemas de maneira vergonhosa e mesquinha.
A expressão surgiu na literatura chinesa clássica, especialmente em obras filosóficas e históricas. Durante as dinastias antigas, ela era usada para ridicularizar indivíduos que agiam de forma irrelevante, mas tentavam interferir em questões sérias. Ela aparece, por exemplo, em textos da era dos Três Reinos (220-280 d.C.), quando generais e cortesãos eram frequentemente comparados a "bufões" por suas tentativas de se destacar por meio de trapaças ou conspirações. O termo também foi amplamente usado em textos do Período dos Estados Combatentes (475-221 a.C.) e em obras literárias posteriores, como o romance "A Peregrinação ao Oeste" (西游记).
Hoje, 跳梁小丑 é usada de maneira figurativa para descrever pessoas que, apesar de serem insignificantes ou desprezíveis, tentam se colocar no centro das atenções ou causar desordem. Pode se referir a indivíduos que agem de maneira enganosa ou vil, muitas vezes com o objetivo de tirar vantagem de uma situação.
Embora não haja uma tradução literal exata, podemos encontrar expressões com significado semelhante em português, como:
Outra expressão que captura bem a essência seria "pau mandado", referindo-se a alguém que é manipulado por forças mais poderosas e age de maneira servil, mesmo quando suas ações são irrelevantes ou cômicas.
Em resumo, 跳梁小丑 é uma metáfora que critica pessoas que se comportam de maneira mesquinha, insignificante, mas barulhenta, sendo associada a uma tentativa inútil de ganhar relevância através de artimanhas.
Lěng gōng 冷宫, literalmente traduzido como “Palácio Frio”, é um termo de origem chinesa que tem uma história longa e interessante, especialmente dentro do contexto da corte imperial chinesa. Ele se refere a um local específico no palácio imperial onde eram confinadas concubinas, imperatrizes ou outras figuras femininas que haviam caído em desgraça perante o imperador ou a corte. É um conceito associado principalmente às dinastias antigas, como as Dinastias Ming (1368-1644) e Qing (1644-1912), quando o poder imperial era forte e as dinâmicas da vida palaciana eram complexas.
O termo Palácio Frio 冷宫 tem origem na prática de isolar as mulheres do harém imperial que perdiam o favor do imperador. O “frio" (冷, lěng) aqui simboliza o distanciamento emocional e físico, enquanto “palácio” (宫, gōng) se refere a uma área isolada do complexo palaciano. Em muitos casos, essas mulheres eram completamente negligenciadas, sem acesso ao imperador, à vida política ou aos luxos da corte.
Historicamente, essas áreas do palácio eram locais afastados e sombrios, muitas vezes em más condições. As mulheres enviadas ao Palácio Frio 冷宫 perdiam seus privilégios e eram praticamente esquecidas, uma punição severa que, embora não fosse uma condenação à morte direta, resultava em um isolamento social e emocional devastador.
Existem diversos exemplos na história da China imperial de concubinas ou imperatrizes enviadas ao Palácio Frio 冷宫. Um exemplo famoso é o da Imperatriz Qi, da Dinastia Han (206 a.C.-220 d.C.), que foi trancada em uma parte remota do palácio após seu filho perder a disputa sucessória. Eventualmente, ela foi deixada à míngua e morreu em confinamento.
No uso moderno, o termo Palácio Frio 冷宫 pode ter um significado figurado. Por exemplo, é usado para descrever situações em que alguém foi “colocado na geladeira" em termos de carreira ou vida social — ou seja, quando uma pessoa é deliberadamente marginalizada ou excluída de um círculo de poder ou influência.
Líhuā Lèi 梨花泪 é uma expressão poética em chinês que pode ser traduzida literalmente como "lágrimas de flor de pera." O termo evoca uma imagem delicada e melancólica de lágrimas sendo comparadas às flores de pera, simbolizando tristeza, pureza e fragilidade.
A flor de pera (梨花, líhuā) é tradicionalmente associada à pureza e à beleza, sendo uma imagem poética recorrente em obras literárias chinesas. Já as "lágrimas" (lèi) são uma metáfora comum para tristeza profunda. Assim, a combinação dos dois termos sugere uma tristeza pura, profunda e tocante, frequentemente relacionada ao sofrimento de uma mulher jovem e bela.
Essa expressão foi popularizada em poemas antigos, óperas tradicionais chinesas e dramas históricos, onde frequentemente representa mulheres que choram por desilusão amorosa, tragédias pessoais ou circunstâncias fora de seu controle. A imagem visual associada a "lágrimas de flor de pera" transmite uma vulnerabilidade que é ao mesmo tempo graciosa e dolorosa.
O termo foi particularmente usado em peças de teatro, como nas óperas chinesas tradicionais. Um exemplo notável é a ópera “O Pavilhão das Peônias” (牡丹亭, Mǔdān Tíng), de Tang Xianzu, onde uma das personagens, a jovem Du Liniang, morre de tristeza e amor não correspondido, evocando imagens semelhantes às lágrimas de uma flor delicada. Esse tipo de metáfora é comum na literatura chinesa clássica, que muitas vezes reflete temas de melancolia, destino trágico e sacrifícios por amor.
Hoje, "梨花泪" é usado tanto na literatura quanto na cultura popular, incluindo dramas de época, filmes e canções, geralmente para descrever emoções intensas de tristeza e sofrimento, especialmente em cenários românticos ou trágicos. A expressão ainda pode ser vista em músicas que lidam com temas de amor perdido e arrependimento.
Uma expressão análoga em português seria “lágrimas de Maria Madalena”, que também denota tristeza profunda e dor emocional. Madalena é uma figura bíblica muitas vezes associada ao arrependimento e à tristeza por seus pecados. Contudo, enquanto “lágrimas de Maria Madalena" têm uma conotação de arrependimento, “Líhuā Lèi 梨花泪” está mais associado a uma tristeza romântica, ligada à beleza e pureza da figura feminina. Outras expressões como “lágrimas de sangue” também poderiam evocar o sofrimento emocional intenso, embora sem o aspecto delicado e poético de “lágrimas de flor de pera.”
A expressão 小白花 (xiǎo bái huā), que pode ser traduzida como "pequena flor branca" ou "florzinha branca", evoca a imagem de uma flor delicada e pura, simbolizando a inocência e a fragilidade. Esta metáfora é comum na literatura e na poesia, onde as flores brancas muitas vezes representam beleza, simplicidade e amor juvenil.
Porém, a expressão 小白花 (xiǎo bái huā) também possui uma conotação crítica. Em contextos mais coloquiais e culturais, ela é usada para descrever pessoas, sobretudo mulheres, que aparentam ser ingênuas ou de bom caráter, mas que, na verdade, podem ser manipuladoras ou ter comportamentos ocultos. Assim, o termo pode ser interpretado como uma crítica à hipocrisia e à dualidade das aparências, ressaltando que a inocência pode ser uma fachada.
Essa crítica é semelhante à expressão brasileira "santo do pau oco", que descreve uma pessoa que finge ser virtuosa, mas que tem comportamentos que contradizem essa imagem que aparente. Outras expressões da variante do português brasileiro seriam sonsa e sonsiane.
Shèchù 社畜 é uma gíria sarcástica usada para descrever trabalhadores que se sentem explorados pelas empresas em que trabalham. A expressão combina os caracteres 社 (shè), que significa "empresa" ou "sociedade", e 畜 (chù), que significa "gado" ou "animal de criação". Assim, o termo pode ser traduzido literalmente como "animal de empresa", "gado corporativo" ou ainda "escravo corporativo. A expressão visa transmitir a ideia de que esses trabalhadores são tratados feito animais, trabalhando incansavelmente para as empresas, muitas vezes sacrificando sua saúde, bem-estar e vida pessoal.
Popularizada a partir da década de 1980 com seu equivalente japonês 社畜 (shachiku), a palavra ganhou espaço na década de 2010 na China, especialmente em discussões sobre a cultura de trabalho 996 (trabalhar das 9h às 21h, seis dias por semana). Os gados corporativos "社畜" são pessoas que sentem que vivem para servir à empresa, perdendo sua personalidade e sendo reduzidas a meras peças da máquina corporativa.
Essa expressão reflete a frustração crescente em relação à cultura do trabalho excessivo e à falta de equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Além de ser usada para criticar o ambiente corporativo, o termo é frequentemente encontrado em memes e discussões online, destacando a necessidade de melhores condições de trabalho e limites mais claros entre a vida pessoal e profissional.
Proclamação da República Natal Ano Novo